Análise de Close Combat: The Bloody First. Vale a pena comprar?


Close Combat: The Bloody First é o primeiro jogo da série feito com uma nova engine totalmente em 3D.

Nesse artigo vamos analisar o jogo e responder a pergunta: vale a pena comprar Close Combat: The Bloody First?

Para saber a resposta, confira o texto:

Período histórico de Close Combat: The Bloody First

O jogo segue a história da primeira divisão de infantaria americana, a 1st Infantary Division apelidada de “The bloody First”, que é a mais antiga divisão das forças armadas americana.

A divisão participou das principais batalhas do Estados Unidos durante o conflito, como a Africa, Itália e França.

Tropas da 1st Infantry Division durante a invasão da Normandia

No jogo você vai poder comandar a 1st Infantary Division em três campanhas conectadas, sendo elas:

  • Tunísia
  • Sicília
  • Normandia

Cada uma com um bioma diferente e equipamentos diferentes disponíveis para o seu lado e também para os alemães e italianos.

O legal é que além dessa campanha principal, também é possível jogar com o outro lado, controlando as tropas do eixo.

Gráficos

Vamos direto ao ponto: os gráficos são ruins se comparados ao padrão atual.

Os modelos das unidades e do cenário possuem bem menos detalhes do que jogos modernos e a iluminação não é das melhores.

Só que tem um detalhe:

Se você comparar com jogos de estratégia mais realistas, como Combat Mission, eles são bons/aceitáveis.

Vale lembrar que esse é o primeiro Close Combat com a nova engine 3D e as chances são que os gráficos vão melhorar a cada patch e lançamento novo.

Os caras estão começando nesse mundo e a tendencia é melhorar.

Na minha opinião os gráficos são razoáveis e consigo jogar de boa.

Só que se você se importar muito com gráficos, esse pode ser um ponto que vai incomodá-lo no game.

O ponto mais forte do gráfico fica com o cenário, que normalmente são bem feitos e interessante para criar estratégias.

Sons

Os sons continuam sendo um dos pontos fortes da série.

Os barulhos dos tiros e explosões são bem fortes e fazem com que você se sinta na batalha.

É gratificante escutar o som dos seus tiros acertando o inimigo e assustador ouvir as MGs alemães moendo seus soldados.

Entretanto as falas são um pouco repetitivas e o som das metralhadoras é inferior do que de outros jogos da série Close Combat.

Ambientação e realismo

Close Combat: The Bloody First continua com o gameplay realista que fez a série ficar famosa.

Ou seja, os seus soldados sentem medo se expostos ao fogo inimigo e podem abandonar a posição para sair correndo dali.

É uma batalha mais focada na moral do que em cada tiro matar um inimigo e isso é muito interessante.

Assim como na guerra real, a questão é o momentum, ou seja, aumentar a moral das suas tropas enquanto diminui a do inimigo.

Ou seja, você precisa atirar em direção do inimigo até eles perderem a moral e recuarem, assim seus homens ganham moral e avançam.

Por exemplo:

  • Close Combat: The Bloody First é um dos poucos jogos em que realmente existe cobertura.
  • Você pode mandar sua metralhadora atirar em um inimigo, ele vai ficar com medo e então você manda outra tropa flanquear.

Além disso, os tanks contam com sistema de blindagem e penetração realista, sem barra de vida.

Performance de Close Combat: The Bloody First

Em relação a performance, o jogo mandou bem e no computador que testamos conseguimos jogar acima de 60 de FPS em quase todo momento (com exceção de uma missão)

O computador do teste foi:

  • I7 7700k
  • GTX 1070
  • 16GB Ram
  • SSD M.2

Jogabilidade e mecânicas

Aqui está o ponto em que Close Combat: The Bloody First realmente brilha. E é justamente o ponto principal, a jogabilidade.

Para comecar, o ponto mais importante: The Bloody First é um verdadeiro Close Combat.

Ou seja, apesar de ter trocado de engine e ter sido feito do zero, o jogo ainda mantém uma jogabilidade praticamente igual aos anteriores, o espirito do Close Combat ainda está aqui. E isso é MUITO BOM.

Quem já conhece a série vai se sentir em casa. Os comandos são os mesmos, a reação das unidades é similar e a batalha se comporta de forma bem alinhada com seus antecessores.

E isso com uma movimentação de infantaria melhorada e de veículo muito melhorada.

Mas o que mudou então?

Apesar do gameplay estar muito parecido, algumas coisas mudaram bastante, vamos lá:

  • Agora possui um modo coop no multiplayer e ele é fantástico, você divide as unidades com um amigo e podem jogar todas as campanhas juntos.
  • Não existe mais aquele mapa estratégico da campanha onde você posiciona e move suas divisões
  • Agora a campanha é bem mais linear, sendo formada por uma série de mapas, um atrás do outro, onde você deve ir progredindo sua invasão pela Tunísia, Sicília e Normandia
  • Durante essa invasão tem uns pontos onde você precisa tomar decisões que afetam quais serão as próximas Missões. Por exemplo: batedores informaram que uma divisão Panzer esta se aproximando da cidade que você quer invadir. Continuar a invasão ou esperar e se defender?
  • Quando acaba uma batalha você pode escolher de que forma deseja continuar o ataque: de forma apressada? A noite? Descansar seus homens antes?
  • O jogo agora conta com algumas classes especiais como caçadores de tanks, scouts e snipers que podem ser adicionados a suas squads para ter soldados especialistas.
  • Por exemplo, se você pegar uma classe especial, sniper, e jogar em cima de uma unidade de infantaria, ela vai se partir em duas unidades, onde uma vai continuar sendo a de infantaria (só que menor) e outra vai ser a sniper.
  • O jogo também divide suas tropas entre a força principal e de suporte.
  • As unidades de suporte são separadas do exercito principal, mudam a cada mapa e não seguem seu grupo durante a campanha.
Tela pedindo para o jogador tomar uma decisão estratégica em Close Combat: The Bloody First

É claro que nem tudo são flores.

O jogo ainda tem bugs e algumas coisas desbalanceadas, mas que podem facilmente serem corrigidas por patches.

Rejogabilidade

Aqui o jogo perdeu um pouco de rejogabilidade se comparado com seus antecessores, já que a campanha é mais linear.

Entretanto, agora o jogo conta com um editor de Missões extremamente fácil de ser usar.

Editor de missões em Close Combat: The Bloody First

Eu consegui criar uma missão em 5 minutos sem ler nenhum manual, é bem intuitivo mesmo.

Além disso os desenvolvedores prometeram suporte a mods nas próximas atualizações.

Quem acompanha a série sabe que os mods sempre foram um dos pontos fortes do Close Combat.

Sendo assim, imagino que rapidamente a comunidade irá criar diversas Missões e mods, o que aumenta significativamente a rejogabilidade de Close Combat: The Bloody First.

Nota dos pontos principais:

Finalizando a análise, aqui estão as notas para cada área principal do jogo e no final a média:

  • Gráficos: 6,5
  • Sons: 7,5
  • Ambientação e realismo: 9
  • Performance: 9
  • Mecânicas: 9
  • Rejogabilidade: 8

Nota final: 8


Pontos bons:

  • Excelente gameplay com a mesma vibe dos outros close combats
  • Modo cooperativo que pode ser jogado em todas as campanhas e operações (é realmente divertido)
  • Editor de Missões extremamente fácil de se usar
  • Três teatros da guerra em um só jogo: tunísia, itália e França
  • Grande variedade de tropas, armas e veículos

Pontos Ruins:

  • Gráficos são feios para os padrões atuais
  • Sons são inferiores aos outros jogos da serie
  • Não existe mais o mapa estratégico para a campanha

Veredito: vale a pena comprar Close Combat – The Bloody First?

Minha resposta é sim. 

Especialmente se você tiver um amigo para comprar com você, já que o jogo pode ser jogado integralmente em Coop ou versus (incluindo todas as campanhas, operações e missões).

A única ressalva é se você se importar muito com gráficos, nesse caso, o jogo pode ser uma má escolha.

Você pode comprar o jogo pela Steam aqui.

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Fundador do site Games de Guerra e viciado em jogos de guerra desde 1996


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