Análise de Regiments: vale a pena comprar o jogo de RTS da guerra fria?


Regiments é um jogo de estratégia em tempo real passado na década de 90 em um cenário imaginário onde a guerra fria acabou se tornando um conflito armado real.

O jogo foi publicado pela Microprose e é focado no singleplayer e é inspirado em outros jogos do gênero, como os jogos da Eugen e outros RTS clássicos do mercado. Além disso, o jogo adiciona uma pitada (moderada) de realismo para deixar as coisas mais interessantes.

Mas será que vale a pena pagar R$57.99 para comprar Regiments na steam? É o que você vai descobrir lendo essa análise completa. Aqui você verá:

  • Período histórico do jogo
  • Gráficos
  • Sons
  • Ambientação e realismo
  • Performance no PC
  • Mecânicas
  • Rejogabilidade
  • Nota

Então vamos à análise de Regiments para PC:

Período histórico de Regiments

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida entre os vencedores do conflito, ou seja, os países aliados e os soviéticos. A própria capital alemã, Berlin, foi dividida ao meio pelo famoso muro de Berlin.

Este período da história ficou conhecido como Guerra Fria, já que houve um grande clima de tensão entre as duas maiores potencias mundiais, que conflitavam em diversos pontos.

Felizmente na vida real o conflito armado nunca aconteceu e em 1989 o muro de Berlin foi derrubado, dando fim à quase meio século de tensão e unificando a Alemanha novamente.

Entretanto, em Regiments, os jogadores encontrarão um mundo diferente. Após uma revolta em Berlin, os aliados e a união soviética acabam entrando em um conflito armado que escala para uma guerra mundial.

Gráficos

Agora vamos falar sobre o jogo em si, começando com os gráficos. Visualmente, Regiments se inspirou bastante nos jogos da Eugen, ou seja, ele é similar a Wargame: Red Dragon e isso é algo positivo.

O jogo conta com um mapa da Alemanha muito bonito e rico em detalhes, além disso, as unidades são bem modeladas e possuem animações interessantes.

Na parte dos efeitos visuais, o jogo não fica para trás e conta com belas explosões, bombas de fumaça, gás e até mísseis continentais que geram imensas explosões.

Então no quesito gráficos, Regiments está mais do que aprovado.

Sons

Já nos sons o jogo faz o feijão com arroz. As unidades possuem sons regulares e o destaque fica com as artilharias e ataques aéreos, que possuem os efeitos sonoros mais legais.

As músicas são genéricas mas acompanham o andamento das partidas. É algo que não deixa a desejar e nem surpreende.

Ambientação e realismo

Na questão de ambientação, o jogo faz um bom trabalho com o cenário e os mapas, que realmente são belos e contam com efeitos que levam o player para o clima da batalha. Entretanto, o jogo conta com uma interface confusa antes de entrar nas partidas e, por conta disso, você provavelmente não vai entender direito quem você é, pelo que está lutando e o que está acontecendo na história.

Já no realismo, o jogo acabou optando pelo caminho mais arcade. Por exemplo, as unidades de infantaria vão correndo no aberto atirando com seus fuzis e lança mísseis pra cima dos blindados inimigos, é possível mandar uma unidade retornar pra base quando estiver morrendo (no estilo company of heroes) e os veículos conseguem passar através das casas e construções.

De uma forma geral, o jogo dá aquela empolgação de um desafio de estratégia, você tem que pensar qual unidade fará o que para vencer a fase. Mas com certeza o sentimento de realismo e a imersão daquilo ali se assemelhar a um conflito real, passou longe.

Resumidamente, Regiments possui mecânicas diretas de um jogo de RTS que tenta ser isso, um jogo, e não uma espécie de simulador.

Desempenho no PC

Na questão de desempenho o jogo roda muito bem, mesmo em batalhas grandes onde diversas unidades e artilharias estão em confronto ao mesmo tempo.

Além disso, dar zoom in e zoom out não parece afetar significativamente o FPS, diferente de outros jogos nesse estilo.

Sendo assim, o desempenho é outro ponto forte para Regiments.

Jogabilidade e mecânicas

Regiments possui apenas dois modos de jogo e ambos no modo singleplayer, sendo eles: Skirmish e Operations.

No primeiro modo, o Skirmish, são partidas customizadas onde você escolhe a sua facção, mapa e qual inimigo entrar e então joga uma partida simples.

No modo Operations, o jogo oferece uma sequência de 8 operações que formam uma espécie de campanha, narrando a história do começo do conflito entre os lados da guerra fria.

O problema é que essa campanha é bem linear e só te permite jogar do lado que o jogo indica, e esse lado muda dependendo da missão. Ou seja, você começa a campanha jogando de soviético, depois muda para NATO, depois muda de novo etc. É como se você visse a história acontecer de ambas as perspectivas.

O problema é que como só tem essa campanha e ela é bem linear, é algo interessante de zerar, mas depois que você tiver feito isso, o jogo praticamente acabou. (Isso provavelmente vai ser melhorado com o lançamento de novas facções e DLCS)

Antes de entrar na partida você deve definir alguns pontos para o seu exército, como unidades especiais, apoio e até mesmo uma carta que dê uma vantagem ou uma desvantagem na partida. Isso é legal porque durante as operações você precisa pensar bem no que vai levar para o campo de batalha.

Outra coisa legal é que o jogo conta com um tutorial bem feito e interativo, onde o jogador aprende basicamente o que realmente importa e consegue jogar as operações sem grandes dificuldades.

Durante as partidas o jogo se comporta de forma bem direta. Os objetivos são fáceis de entender e normalmente são: capturar determinado setor, defender uma área ou então destruir determinado alvo. Mas, apesar de ser fácil de entender, não necessariamente será fácil de cumpri-los.

O jogo possui uma boa inteligência artificial e vai promover desafios bem interessantes para os amantes do RTS. Provavelmente você terá que fazer algumas missões mais de uma vez até descobrir uma forma de derrotar o computador.

De forma geral, Regiments é um jogo legal, otimizado, fácil de aprender e divertido de jogar. Porém, é um jogo meio superficial com pouca chance de rejogabilidade, já que possui poucos modos de jogo e missões bem lineares.

Nota

Nota final de Regiments: 7

Pontos positivos:

  • Belos gráficos;
  • Roda bem no PC;
  • Fácil de aprender com tutorial bem feito;
  • Gameplay acessível para jogadores mais casuais sem deixar de ser desafiante para os veteranos. (Famoso fácil de aprender e difícil de masterizar)

Pontos negativos:

  • Baixa rejogabilidade, já que o jogo não tem multiplayer e nem editor de campanha (Basicamente ele possui apenas uma sequência de operações e um modo skirmish);
  • UI fora das partidas é confusa e você levará um tempo para entendê-la;
  • Realismo deixa a desejar;
  • Não é possível salvar o jogo no meio da partida;
  • Campanha mistura os lados, ou seja, você não pode zerar o jogo defendendo apenas uma nação.

Veredito: vale a pena comprar Regiments?

Depende.

Link para comprar no steam

Se você tiver buscando um jogo direto ao ponto, fácil de aprender, que seja mais focado no gameplay do que no realismo, Regiments pode ser uma boa pedida para matar sua vontade de um RTS.

Já se você está procurando um jogo com mais realismo, multiplayer e grande variedade de campanhas e unidades, não recomendo, pois não irá encontrar no jogo.

O futuro de Regiments

Os desenvolvedores do jogo publicaram um Roadmap planejado para o RTS prevendo novas expansões para o ano de 2022 e 2023. Pode ser que com essas atualizações e novidades, o jogo fique mais encorpado em relação a conteúdo e passe a valer mais a pena.

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Fundador do site Games de Guerra e viciado em jogos de guerra desde 1996


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