O jogo War of the Vikings é uma continuação, não linear, de War of the Roses e com isso, a Paradox e Fatshark, criaram uma série de jogos de combate medieval “War of”. O foco de War of the Vikings é o multiplayer e o jogo não possui nem mesmo uma opção para jogar contar o velho computador. Sendo eu um fã de Mount & Blade, não poderia deixar de testar e analisar esse jogo que parece bem promissor.
Para começar, fui surpreendido com os detalhes do menu e interface do jogo. Tudo parece muito bem polido e bem feito, a música é empolgante e realmente te mergulha no mundo viking medieval. War of the Vikings recebe os jogadores muito bem com um tutorial que explica os movimentos básicos e também táticas de combate. A jogabilidade é muito parecida, porém, mais amigável do que a de War of the Roses.
Enquanto explorava o menu do jogo, descobri a função de personalização, parecido com War of The Roses, o jogador pode personalizar o seu guerreiro trocando a aparência e armamento para a batalha. O jogo já oferece três classes básicas, sendo elas, guerreiro, champion e arqueiro. Além disso, você pode desbloquear slots para montar seu próprio guerreiros com a combinação de arma que mais te agradar. Para personalizar seus guerreiros, você precisará de moedas do jogo e para conquistá-las você precisará mandar muitos guerreiros para Valhala. Isso é interessante porque te mantem motivado a continuar jogando para desbloquear novos apetrechos.
Bom, agora sim, vamos jogar online! Infelizmente ai que começam os problemas, pelo menos para nós brasileiros. Atualmente não existe nenhum servidor brasileiro e a grande maioria dos servidores estrangeiros possuem limitação de ping que basicamente proíbe qualquer pessoa que não seja do mesmo continente participar. Por exemplo, os servidores americanos geralmente tem um limite de 100ms e os europeus 130ms, impraticáveis para o jogador brasileiro. Felizmente, existem dois servidores sem limitação de ping e depois de muito tentar, consegui uma vaga para jogar.
Quando entrei na partida, voltei a ter a boa impressão que o jogo havia me causado anteriormente. O menu para escolher o seu lado, Viking ou Saxão, é muito bem feito e amigável. Logo depois de escolher um time, o jogo oferece uma lista de squads para entrar, facilitando e incentivando o jogo em equipe, muito legal! Agora chegou a hora boa, cair na porrada!
War of the Vikings oferece diversos modos de jogo, sendo eles: Pitched Battle, Arena, Conquest e Team Deathmatch. O primeiro é uma batalha sem vidas extras, se você morrer, tem que esperar o round acabar para jogar novamente. Arena não consegui testar mesmo depois de jogar 4 horas do jogo, pelo visto o pessoal não gosta muito. Conquest funciona como battlefield, o mapa possui diversas áreas de captura que os jogadores disputam até conquistar todo o mapa. TDM é uma luta simples entre os dois times, Vikings e Saxões, onde vence o time que matar mais inimigos. Apesar de simples, gostei bastante dos modos de jogo de War of the Vikings, os mapas são balanceados e muito bem feitos, dando uma atmosfera muito legal a batalha.
A jogabilidade de War of the Vikings é muito boa! O jogo é mais simples e amigável do que War of the Roses, porém, sem se tornar muito arcade. Acredito que esteja em uma mistura ideal de jogabilidade x realismo. Os movimentos e ataques são sólidos e o combate tem uma sensação geral de “bem feito”. Apenas as armas de arremesso que você pode sentir um lag, caso esteja no Brasil como eu, e o ping acaba atrapalhando para tacar aquela faca no inimigo. A violência é interessante também, não é tanta como em Chilvalry, mas tem bastante sangue e de vez em quando cabeças rolando. Uma coisa bem legal é que quando você morre, se não for uma porrada muito forte, você cai ajoelhado no chão e um amigo seu pode te salvar. Isso é bom porque influência e recompensa o jogo em equipe. Ao mesmo tempo, o jogo fica bem violento com pessoas executando pobres guerreiros caídos no campo de batalha.
Outra novidade é que agora cada arma oferece um “super” ataque. Ao apertar F, você pode dar um dano absurdo contando com uma animação diferente dependendo da arma que esteja usando. Por exemplo, se você estiver usando o machado de duas mãos, seu guerreiro irá atacar pelo alto, dando uma porrada com toda a força na cabeça do seu adversário. O interessante é que depois de usar o super ataque, seu personagem fica vulnerável durante alguns segundos. Isso força você pensar exatamente o momento para usar o ataque mais forte, adicionando mais estratégia ao jogo.
Falando em estratégia, além da customização de aparência, War of the Vikings também conta com perks, que permitem que você personalize seu guerreiro da forma que você mais prefere jogar. Por exemplo, existe perk para você levantar sozinho caso for derrotado em batalha. Outro permite que você ataque mais rápido caso acerte seu inimigo no momento certo.
War of the Vikings é um jogo muito bem feito, a interface é bonita e intuitiva, os sons e musicas são envolventes e empolgantes, os gráficos são muito bonitos e fieis ao período, a performance é boa e a jogabilidade é bem fluida, dando uma sensação geral de um jogo solido, bem programado e divertido. O único grande problema é a questão dos servidores. Não existem servidores brasileiros, os servidores estrangeiros kickam pessoas com ping alto e você não pode criar seu próprio servidor. As únicas opções são: disputar uma vaga nos únicos dois servidores sem limite de ping (que vivem lotados) ou alugar um servidor parceiro da empresa que produz o jogo.
Sendo assim, apesar de War of the Vikings ser um excelente jogo, atualmente é complicado recomendar sua compra no Brasil, a menos que você vá jogar sozinho ou com um amigo. Caso queira jogar com mais amigos, vai ser difícil conseguir uma vaga para todos nos servidores sem limite de ping e não poderão abrir um server privado só para vocês (A única opção é alugar um servidor da empresa parceira dos criadores do jogo). No meu ponto de vista, essa escolha foi muito infeliz e espero que os produtores do jogo revejam isso em atualizações futuras. Confira o resumo da pontuação:
Pontos positivos:
Pontos negativos:
Nota final: 8.0
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Fundador do site Games de Guerra e viciado em jogos de guerra desde 1996