Fala pessoal! Finalmente tive acesso ao Close Combat: Gateway to Caen e consegui preparar a análise completa do jogo. Se você não conhece, Close Combat é uma série de jogos de estratégia, passados durante a Segunda Guerra Mundial, com jogabilidade em tempo real, criada na década de 90 e foi uma das principais do gênero durante este período.
Intitulado de “Caminho” para Caen (Região da França), o novo jogo conta a história da maior campanha ofensiva dos soldados ingleses na frança depois do dia D. Você pode escolher entre comandar a defesa dos poucos, porém, fortemente armados alemães Panzergranadiers membros das divisões da Waffen SS ou a ofensiva dos numerosos e bem abastecidos ingleses, que contam com o apoio de blindados americanos. O principal objetivo dos ingleses é alcançar e cruzar o rio Odon, para assim cercar a cidade de Caen.
Inicialmente a UI (Interface do usuário) do jogo é interessante, a tela inicial é uma bela pintura de soldados ingleses e os botões e icones em geral são bem feitos e trazem imersão ao jogo. Entretanto, a interface tem um problema. A resolução máxima da tela enquanto estiver fora de uma partida é de 1366×768, sendo assim, o menu pode ficar meio esticado e embaçado caso for jogar em full hd, felizmente, quando entrar na partida, o jogo aceita a resolução full HD e a qualidade fica boa.
Os modos de jogo de Close Combat são interessantes e diversificados. Existe 3 modos de jogo: Campanhas completas sendo históricas, parcialmente históricas e fictícias, “Operações” que são campanhas menores e batalhas isoladas sem uma continuidade. O interessante é que você pode jogar todas as campanhas, operações e missões separadas com um amigo seu no modo multiplayer versus. Durante a campanha e operação, o jogo é similar aos jogos da série Total war e Wargame, você tem um mapa geral da guerra inteira, onde você pode movimentar suas divisões e quando encontra uma divisão inimiga o jogo carrega o modo de combate. Esse modo é excelente, pois permite recriar guerras inteiras com a complexidade de um general e a adrenalina de um soldado.
Agora o principal diferencial positivo da série Close Combat é a sua continuidade e nível de detalhe de informações. Quando jogar uma campanha ou operação, o jogo oferece informações completas de cada um dos centenas de soldados que você irá comandar. Como por exemplo: Cada um deles tem um nome único, quantidade de munição, medalhas, atos de coragem e covardia salvos em um log por toda a duração da guerra. Sendo assim, é possível acompanhar o progresso de cada soldado durante toda a campanha. O cenário também fica salvo, por exemplo, se você estiver jogando uma campanha e acabar perdendo um tank em uma esquina, quando for lutar novamente naquele mapa, terá a carcaça destruída de um tank naquela mesma esquina, assim como a casa que foi danificada com a explosão ao lado dele. Com essas funcionalidades, a sensação de continuidade que você está lutando uma guerra de verdade é muito interessante, pois você se preocupa com cada soldado e sabe que tudo que fizer terá um impacto significante no resultado final.
Os gráficos do jogo estão bem interessantes! Apesar de ser uma engine bem antiga, os mapas estão muito bem desenhados, com casas, arbustros e campos gramados muito bem feitos. As animações de explosões e fumaças evoluíram bastante em relação aos jogos antigos da série e atualmente estão demais! O ponto fraco fica nos tanks que contam com uma animação antiga e “travada”. Se você aceitar isso, a atmosfera geral do jogo é muito legal e totalmente aceitável mesmo nos padrões de hoje.
A jogabilidade de Close Combat: Gateway to Caen é muito mais “paradona” do que jogos atuais da Segunda Guerra Mundial, como Company of Heroes 2 e Men of War. O motivo é que o foco da série é o realismo, sendo assim, os soldados se comportam como humanos de verdade, sentindo medo, cansaço e até se rendem automaticamente caso sejam cercados pelos inimigos. Portanto, para avançar em uma ofensiva, é preciso dar total apoio a suas tropas, usando fogo de cobertura, granadas de fumaça e apoio de artilharia, se não, seus soldados provavelmente entrarão em pânico e irão fugir do combate. O legal é que quando seus soldados estão com medo, eles param de obedecer suas ordens e só voltam caso o inimigo tenha parado de atirar.
O som sempre foi um ponto forte da série Close Combat e Gateway to Caen faz juz ao nome e conta com sons de alta qualidade. A série Close Combat surgiu em uma época (década de 90) em que os jogos não tinham como oferecer gráficos incríveis para os jogadores e precisavam pensar em outras formas de oferecer imersão nos jogos. Portanto, prepare-se para sentir o zunido das metralhadoras pesadas alemães ou a explosão dos canhões de alto calibre ingleses em alto e bom som. Além disso, os soldados gritam em pânico e dor durante o calor da batalha.
Se você experimentar Gateway to Caen e procurar mais do que apenas gráficos e doces para os olhos, encontrará um jogo muito interessante de estratégia que conta com diversas funcionalidades que nem jogos com engines mais moderna possuem. A dica que dou é comprar o jogo em dupla, já que jogar com algum amigo deixa o jogo muito mais legal. Como ele é o último da série utilizando esta engine 2d consagrada na década de 90 e inicio da última década, posso afirmar que Close Combat: Gateway to Caen fecha com chave de ouro esta que foi uma das mais importantes séries de jogos de estratégia de todos os tempos.
Pontos positivos:
Pontos negativos:
Nota final: 8.5
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Fundador do site Games de Guerra e viciado em jogos de guerra desde 1996